National Distillers cria centro para distribuição Regional

Fabricante de bebidas espirituosas pretende fortalecer a sua indústria local e exportar para países vizinhos.

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INDÚSTRIA DE BEBIDAS  

National Distillers quer tornar Angola centro de produção de África  

A fabricante de bebidas espirituosas pretende fortalecer a sua indústria no País e exportar para países vizinhos e com quem Angola tem acordos comerciais.  

A National Distillers apresentou um segundo projecto de investimento, assinado em Junho de 2017, no valor de 6,8 milhões USD, que pretende aumentar a sua capacidade de produção e tornar Angola o centro de produção para toda a África subsariana.  

A empresa faz crer que "a eficácia da penetração dos produtos nos mercados onde são comercializados" prova a sua capacidade de exportação. Nesse sentido, a fabricante de bebidas espirituosas implementou todo o seu processo produtivo em Angola com vista a tornar esta operação no pólo de produção e distribuição para toda a África subsariana.  

"Neste momento, temos o processo produtivo implementado, os trabalhadores formados, experiência na produção, distribuição, comercialização, e a capacidade para duplicar, ou mesmo triplicar, a sua produção, ao que se somam os parceiros para iniciara exportação imediatamente", confidencia a gestão, acrescentando que a produção e a exportação para países vizinhos e para países com quem Angola tem acordos comerciais, como é o caso do Brasil, é a pretensão para os próximos anos.  

A ideia da firma é implementar no território nacional o fabrico e engarrafamento dos seus produtos principais, como o Best Whisky, o Best Cream e o Best Gengibre/Tangawisi.  

"Queremos aumentar a capacidade produtiva e introduzir novos produtos", revela a directora-geral da empresa, Agata Russel.  

Por enquanto, os ingredientes para produção 'das bebidas vêm da África do Sul e da Escócia, permitindo dar a qualidade aos produtos, mas todo o processo de fabrico já é feito localmente.A administração da empresa sublinha o facto de "infelizmente" ainda dependerem muito da matériaprima importada, embora este "cenário" já comece a dar os primeiros passos para a mudança, como é o caso do açúcar, que compram localmente.  

"Quanto mais se conseguir comprar localmente, menor necessidade a indústria terá de divisas. Termos custos de infra-estruturas tão altos (energia/água) torna os nossos preços muito altos, o que inviabiliza a competitividade noutros mercados, para onde gostaríamos e temos intenção de exportar", vinca Agata Russel, nas respostas enviadas via correio eletronico.  

A National Distillers esclarece que tem gerido os recursos actuais, de forma a contornar os obstáculos da actividade do dia-a-dia, fazendo uma gestão "optimizada das matérias-primas, do produto disponibilizado ao mercado, parando as fábricas por períodos curtos, para equilibrar esta situação".  

O projecto importou, numa primeira fase, um investimento global de7,8 milhões USD, o que hoje, segundo Agata Russel, lhes permite calcular que são detentores de mais de 50% da quota do mercado das bebidas espirituosas em Angola.  

Em actividade desde 2015, a unidade fabril criou mais de 400 postos de trabalho directos e indirectos em todo o País, num total estimado de 13 200 postos de trabalho. Com a expansão, irão ser reforçados os turnos na fábrica, o que vai duplicar o seu número de funcionários.  

Hoje a marca tem uma "relação especial" com o mercado informal. "Importa referir que exigimos a todos os nossos clientes directos a posse de um alvará, promovendo assim o desenvolvimento de uma rede comercial fiável, sustentável, organizada e licenciada que estimula o crescimento de comércio local e a uma maior formalização da economia", explica a directora-geral.  

O actual sector das bebidas em Angola tem uma capacidade instalada de 5,4 mil milhões de litros/ano. Mais de metade dessa capacidade não está a ser utilizada. O anúncio foi feito pelo presidente da Associação de Indústrias de Bebidas de Angola (AIBA), Manuel Sumbula.  

No global, a produção cerveja, refrigerantes, sumos, águas, vinhos e espirituosas) é responsável pela criação de mais de 20 000 empregos, 95% dos quais ocupados por nacionais.  

Manuel Sumbula afirma já ter sentido muito "os efeitos da crise" e que hoje há "mais abertura no diálogo com o Governo que está a resultar num alívio no acesso às divisas".

FONTE: MERCADO | EDJAIL SANTOS

LINK: https://www.mynetpress.com/pdfan/201895124250an.pdf

https://www.mynetpress.com/pdfan/201895124250an.pdf

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